O que é Astrocartografia? Descubra o mapa que integra astrologia e viagens!

Finalmente vim falar sobre essa área da Astrologia que eu tanto amo: a Astrocartografia! Ela foi a razão pela qual eu criei a Astrojourney no começo de 2018, ano em que me especializei nesta vertente e me tornei a primeira brasileira mundialmente certificada nela, realizando um sonho de longa data de trabalhar integrando astrologia com viagens!

Ainda que a Astrocartografia já exista há algum tempo, e que principalmente nos Estados Unidos e Inglaterra existam muitos astrólogos focados nesta área, ela não é tão conhecida e dissipada no Brasil ainda (estou determinada a mudar isso! <3).

A ACG é uma área TÃO fascinante que, desde que comecei a pesquisar sobre ela no fim de 2017, mergulhei profundamente em estudos para conseguir trabalhar com ela da forma mais consciente possível, e, depois de me certificar pela Continuum em 2018, criei o curso “A Jornada da Essência” que teve algumas edições presenciais em 2018 e em 2019, quando criei também o curso online (que está com inscrições fechadas nesse momento, mas sempre aviso sobre novas turmas lá no Instagram!).

Mas para te ajudar a entender mais sobre essa vertente tão incrível da Astrologia, elaborei esse post contando um pouco sobre o básico da Astrocartografia! Então se você ama viajar e está focando cada vez mais na sua jornada de autoconhecimento, tenho certeza de que vai AMAR saber mais sobre essa área fascinante!

O QUE É ASTROCARTOGRAFIA?

É uma área da Astrologia que integra o seu mapa astral com o mapa mundial, mostrando em quais lugares da Terra você encontra determinadas energias planetárias. Isso explica o porquê de termos experiências tão únicas em cada lugar, muitas vezes nos sentindo super conectados e com vontade de ficar para sempre, outras vezes sentindo o contrário… Além de, é claro, existirem lugares em que ficamos mais inspirados, mais comunicativos, mais amorosos, mais ativos, mais organizados… E por aí vai!

O mais incrível, ao meu ver, é a possibilidade de usarmos as viagens (ou até mudanças de cidade ou país) como uma ferramenta para nossa evolução, não só pelo fato de estarmos experienciando uma nova cultura ou conhecendo lugares incríveis, mas sim porque, ao estarmos conscientes de qual energia planetária nós temos em determinado lugar, conseguimos integrar melhor aquela energia em nós enquanto estivermos lá (ou até mesmo ao estarmos em contato com pessoas ou objetos vindos de lá).

Isso mesmo: a Astrocartografia não só explica nossa experiência em determinadas cidades, mas também porque situações ou pessoas de certos lugares vêm até nós ou agem de certa forma conosco. Existem casos de clientes que casaram com pessoas que nasceram na sua linha de Vênus DC (planeta do amor no descendente), por exemplo, sem que precisassem ter ido até lá; outro exemplo interessante é de uma aluna que tem a linha de Sol MC (meio do céu, posicionamento ligado à carreira) na Alemanha e nunca foi até lá, mas trabalhou por muitos anos em empresa alemã, dentre muitos outros casos interessantes.

Mas como isso acontece? Por que encontramos essas energias planetárias distribuídas pela Terra?

O criador da técnica, Jim Lewis, uniu a relocação e angularidade, dois conceitos já conhecidos há muito tempo na astrologia, para tornar tudo mais visual e efetivo no mapa astrocartográfico.

Sobre angularidade: basicamente, os planetas angulares são aqueles que estão bem próximos das 4 cúspides principais em um mapa astral (AC, MC, DC e IC – Ascendente, Meio do Céu, Descendente e Imun Coeli – o Fundo do céu), e existem muitas pesquisas na Astrologia que mostram que, quando uma pessoa tem um planeta em um desses ângulos, esse planeta traz uma influência muito maior do que o normal na vida dessa pessoa, possivelmente se tornando um tema dominante na vida dela.

Sobre relocação: é um mapa que você cria para saber como será sua experiência em determinada cidade, seja passando férias ou se mudando. Você “refaz” o seu mapa natal, colocando que horas eram naquela cidade quando você nasceu (mesmo horário universal (GMT)). E na hora de inserir a cidade, coloca a cidade em questão ao invés da cidade em que nasceu. Ou seja: só dar um google para ver que horas eram nessa cidade no horário exato em que você nasceu, e utilizar esse horário (ex: se nasceu 6 da manhã em São Paulo e eram 19h em Sydney, coloca 19h). Os planetas permanecerão nos mesmos signos (e nos mesmos graus), mas a “roda” das casas vai girar, e dessa forma os signos e planetas inseridos nelas vão mudar de casas – assim como o ascendente, casa 2, casa 3, tudo mudará. E esse novo mapa vai mostrar muito sobre como será sua experiência naquele lugar.

E é justamente assim que os dois conceitos se unem: quando um planeta fica angular (próximo às 4 cúspides “principais”) no mapa relocado, esse planeta vai basicamente se manifestar muito enquanto você estiver neste lugar, e a maneira como isso vai fluir vai depender não só das características do planeta e do ângulo em que ele vai estar (AC, MC, DC ou IC), mas também da SUA relação com esse planeta. Uma experiência indo para um lugar por onde passa Vênus pode ser incrível para uma pessoa e difícil para a outra, dependendo de como ela tem esse planeta integrado em si e sua vida. Mesma coisa com todos os outros, até os considerados mais “difíceis”, como Saturno, por exemplo. Para uma pessoa que tem mais dificuldade de lidar com as obrigações, restrições e que é mais desorganizada, por exemplo, ao ir pra linha de Saturno pode passar por experiências mais difíceis, porque toda energia que não está bem integrada dentro de si se manifesta do lado de fora para que possa ser vista e acolhida. Mas para uma pessoa que tem Capricórnio forte no mapa e bem integrado em sua vida, por exemplo, ir para lugares com Saturno é bem mais tranquilo. Eu falo bastante sobre isso no workshop que comentei, A Jornada da Essência, trazendo uma abordagem mais psicológica da Astrologia, para que cada um consiga compreender bem como está integrando cada planeta em sua vida e como as viagens para certas linhas planetárias podem agregar muito para esse processo. Se você não sabe as características principais de cada planeta ou não é familiarizado com seu mapa astral ainda, recomendo essa página, que tem um resumo sobre cada planeta, signo e casa do mapa astral, e esse post, em que explico melhor como entender um mapa astral (e ele também tem uma tabelinha com os planetas e seus símbolos correspondentes, isso pode ajudar se você não está familiarizado com isso ainda).

E aliás, esse era um medo meu ao pensar em começar a compartilhar bastante sobre isso nas redes: a questão do imediatismo e da busca por soluções rápidas para tudo! Como por exemplo todo mundo começando a querer ir pras linhas de Vênus achando que vai encontrar o(a) mozão, ou querendo fugir das linhas de Saturno ou Plutão para não viver restrições ou transformações, e por aí vai! hahahaha porque realmente não é tão simples e raso assim, até porque é preciso sempre levar em consideração a condição desse planeta no mapa natal (signo e casa em que está, aspectos que está formando, etc) e também como fica o mapa relocado na cidade em questão, não só o planeta que fica em evidência. Muitas pessoas podem ver linhas de Júpiter e pensar: eba, vou pra lá ser feliz e ficar rico(a)! Mas se no mapa natal esse Júpiter está super “na sombra” (shadowed planet, que abordo bastante no workshop e fazemos exercícios que ajudam a identificar), pode acabar não sendo a experiência que a pessoa espera.

MAS RESUMINDO, porque me empolgo então o post já foi ficando enorme! hahaha

O mapa Astrocartográfico é, portanto, esse diagrama que mostra todos os lugares do mundo em que há planetas angulares, em um determinado momento do tempo (que, no caso de mapas de indivíduos, é o dia e horário de nascimento mesmo).

E isso é super incrível porque, ao invés de esperar que algo aconteça em determinado tempo (trânsitos ou progressões), graças à Astrocartografia nós podemos criar um trânsito no espaço, nos locomovendo pelo nosso país ou planeta, para que possamos encontrar e vivenciar certas energias planetárias que contribuam para nossa evolução. Se queremos integrar mais a comunicação em nossas vidas, ir para Mercúrio pode ser incrível; se queremos ativar mais nossas emoções, nossa intuição, seguir mais o coração ao invés da mente e até possibilitar uma cura na relação com nossa mãe, as linhas de lua podem ser interessantes; se precisamos de mais coragem, iniciativa, ação em nossas vidas, as linhas de Marte podem contribuir muito… E assim por diante. É claro que existe toda uma análise que precisa ser feita, e cada caso é MUITO único, como expliquei lá em cima, então isso precisa ser visto com muita calma e responsabilidade. Mas vocês vão perceber que só de verem o mapa de vocês e os planetas que passam por lugares que já tenham ido (ou que sonham em conhecer!), muita coisa vai começar a fazer sentido. Não precisam ter pressa por compreenderem tudo no primeiro minuto, aos poucos vocês vão entender melhor!

COMO FAZER SEU MAPA

Primeiramente você precisa cadastrar seus dados (data, hora e cidade de nascimento) no Astro.com, expliquei o passo a passo nesse post. Depois basta clicar em “Horóscopos Gratuitos” (ou Free Horoscopes) e então em “AstroClick Travel”. É possível ver o mapa mundi completo e também mais especificamente cada continente (mudando no drop down menu que fica logo abaixo do seu nome!). Pode parecer complicado no começo, mas rapidinho você vai entender como mexer no site!

Você vai perceber que cada planeta tem quatro linhas espalhadas pelo mundo, que, como expliquei, são os lugares onde eles ficam angulares no seu mapa relocado naquela cidade. Ou seja, na ponta de cada linha haverá o símbolo do planeta + o ângulo em que ele fica no mapa relocado em todos os lugares por onde aquela linha passa. O ângulo pode ser o Ascendente (AS), Descendente (DS), Meio do céu (MC) ou Fundo do Céu (IC). Basicamente, para compreender a energia que você vai sentir com mais intensidade em um lugar, basta ver qual ou quais planetas estão passando perto dele – e correlacionar o significado daquele planeta com o ângulo em que ele fica, por exemplo, Vênus no Ascendente é bem diferente de Vênus no Descendente, já que no primeiro a energia venusiana se manifesta mais no indivíduo e na forma como as pessoas o enxergam, e no segundo, a energia vai se manifestar mais através de outras pessoas. Se você não sabe o que é ascendente, descendente, meio do céu e fundo do céu, vale ler esse post, em que explico sobre as casas do mapa astral (são as cúspides das casas 1, 7, 10 e 4, respectivamente).

Um resuminho de cada um para ajudar vocês:

Planeta no Ascendente (AS): planeta vai influenciar em você, na sua aparência e personalidade exterior.

No Descendente (DS): energia do planeta pode ser projetada nos outros ou ser experienciada através das relações.

No Meio do céu (MC): planeta é exemplificado na carreira e posição na sociedade.

No Fundo do céu (IC): planeta vai influenciar a sua relação com sua família, lar, ancestrais; pode mudar a consciência da sua natureza básica, e vai mostrar muito sobre a sua conexão com o local.

Muitas pessoas sempre me perguntam: “mas Isa, e se não tiver nenhum planeta passando por determinado lugar? Minha experiência vai ser nula?” Não! hahahaha só significa que não haverá uma ênfase em um planeta específico influenciando sua estadia no lugar, porque nenhum planeta ficará angular (próximo à cúspide dessas 4 casas “principais”). Nesse caso, é super interessante ver o mapa relocado mesmo, assim você poderá ter uma ideia de como será sua experiência passando férias nesse lugar ou até morando nele.

Abaixo um exemplo da astrocartografia de uma cliente, só que com zoom na América do Sul, mostrando que até em viagens próximas é possível ter contato com diferentes energias planetárias. Uma curiosidade é dependendo do lado da linha em que você está / onde você vive, a influência é diferente, mas isso fica para um outro post porque se não vou enlouquecer vocês hoje! hahaha

Vou passar alguns exemplos de interpretações desse mapa acima – bem rasas, só para exemplificar, porque sempre precisamos considerar a condição do planeta no mapa natal da pessoa (signo, casa em que está, aspectos, etc). Em todos os lugares por onde passa essa linha verde escura, de Vênus no ascendente, significa que no mapa relocado ela fica com Vênus super próxima à cúspide da casa 1, então ela possivelmente se sentirá mais bonita, mais amorosa, e as pessoas enxergarão ela desta forma também, sendo lugares onde o amor próprio pode ser trabalhado, as relações e amor pela vida em si também, etc. Nos lugares onde passa a linha azul escura (Lua AS, lua no ascendente), ela pode se sentir mais emotiva e maternal, trabalhar bastante suas emoções, e talvez as pessoas a enxerguem como bastante sensível; onde passa a linha rosa, de Júpiter DS (no descendente), significa que esse planeta fica próximo à cúspide da casa 7 no mapa relocado nessas regiões, então ela pode encontrar nessas viagens ou até ter ido junto com pessoas que tragam inspiração pra ela de alguma forma, que agreguem para a sua filosofia de vida, que ajudem ela a expandir seu conhecimento, suas ideias, que possivelmente auxiliem ela a manifestar abundância em sua vida ou a façam ter mais vontade de viajar, por exemplo. Lembrando que vai depender não só do significado do planeta (tem de todos os planetas aqui) e do ângulo em que ele está (AS, DS, MC ou IC), mas de como esse planeta está no mapa natal do indivíduo, como ela se relaciona com ele e o quanto está o integrando (ou rejeitando) em sua vida, e como o restante do mapa relocado fica nesse lugar também (expliquei lá em cima como fazer este mapa).

Outro ponto interessante, além de as pessoas às vezes sentirem que tiveram experiências difíceis em lugares com certos planetas (possivelmente porque o planeta está na sombra, “shadowed”, em seu mapa natal – é algo mais complexo para explicar em um post, por isso explico detalhadamente sobre como identificar isso no curso), também é comum terem vivido experiências marcantes em lugares que não estão próximos a nenhuma linha planetária. Isso pode ocorrer por diversas razões, mas uma possível explicação é a existência de um Paran (cruzamento de duas linhas planetárias, como se fosse uma quadratura no espaço, que não só influencia no local do cruzamento mas também na latitude inteira, devido ao movimento de rotação da Terra). Ou também pode ser por causa de um trânsito ou progressão, ambos são vistos no C*C*G*, que é a ciclocartografia, que integra trânsitos e progressões e consegue mostrar os planetas transitando por determinados locais do mundo em um dado momento do tempo, e isso agrega à ACG, que mostra somente o mapa referente ao momento de nascimento. Não vou falar tanto dessa parte nesse post porque isso é mais complexo e pode confundir um pouco vocês, mas para ver isso é preciso ter um programa específico (eu uso o Win*Star Pro para fazer os mapas de clientes e alunas, mas se você não quer trabalhar focando nisso, não vale tanto a pena porque é um programa mais difícil de usar e bem mais caro também).

Para finalizar:

Sei que são muuuuitas informações de uma só vez e tenho certeza que muitas dúvidas surgirão ao olhar a astrocartografia de vocês, mas não fiquem desesperados para entenderem tudo imediatamente. Permitam-se digerir e compreender aos poucos! Eu venho estudando intensamente há anos e ainda sigo me atualizando para poder sempre ensinar de forma super consciente para vocês. E por mais que tenha ficado enorme rs, esse post é realmente um resumo, e como outros conceitos na astrologia, a astrocartografia leva tempo para ser compreendida e integrada (assim como qualquer área de estudo!). Tenho alguns destaques sobre o tema no meu Instagram, onde sempre passo dicas, conto experiências e procuro compartilhar cada vez mais sobre este assunto incrível, para que vocês possam ir entendendo cada vez mais!

Mas para terminar esse resumão (que ficou enorme, porque é difícil resumir algo tão especial né?! hahaha), queria muito dizer que para mim o mais incrível, que espero ter transmitido um pouco aqui, é percebermos que existe uma razão para sentirmos uma conexão tão forte com certos lugares, e para as viagens terem uma capacidade maravilhosa de nos ajudarem a evoluir! E como é maravilhoso que toda jornada possa ter um propósito especial, né? Porque estando conscientes da energia planetária que vamos encontrar, podemos trabalhar nosso autoconhecimento ao mesmo tempo em que desbravamos um novo lugar, uma nova cultura, uma nova perspectiva de vida. E isso é extraordinário!

Vou compartilhar cada vez mais com vocês no Instagram (@isabellamezzadri) sobre como é maravilhoso tentar fazer isso em todas as viagens, e sobre os aprendizados que fui tendo ao viajar para cada planeta! E espero poder ajudar vocês cada vez mais nisso também, tanto através do conteúdo que vou transmitindo sempre nas redes, como também para quem quiser participar de uma próxima turma do curso online (A Jornada da Essência) para se aprofundar bastante nesta área.

E se você está começando a ter contato com astrologia agora, mas tem muito interesse em compreender melhor sobre seu mapa astral – ou quer focar mais no seu autoconhecimento de forma geral -, recomendo ler mais sobre meu trabalho nesta página aqui! =)

No mais, me contem se vocês gostaram de fazer o mapa astrocartográfico de vocês e se já perceberam a relação de algum planeta com a experiência em alguma viagem! Vou amar saber ♥

É hora de embarcar em uma nova jornada astrológica que vai mudar completamente a forma como fluem os seus dias.

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